Este livro ilustra que a circulação extracorpórea é muito mais complexa do que a mera operação de uma máquina, em que o papel do perfusionista se limita ao ajuste das pinças, ao gerenciamento dos níveis de volume sanguíneo e à execução de tarefas básicas durante a cirurgia cardíaca. Para muitos perfusionistas, dominar esse campo representa um desafio significativo devido à dependência de processos automatizados baseados em princípios e padrões estabelecidos. Essa dependência cria uma barreira substancial entre as avaliações pré-cirúrgicas, a fisiopatologia da doença, as estratégias de perfusão e o acompanhamento pós-cirúrgico. O desafio de padronizar um processo de perfusão uniforme aplicável a todos os pacientes, independentemente de suas comorbidades, representa um obstáculo considerável. Muitos perfusionistas precisam enfrentar esse desafio em sua busca pelo estabelecimento da perfusão como uma especialidade independente.

Por outro lado, este livro também fornece atualizações sobre a prática clínica em perfusão, reconhecendo que o ritmo da mudança nunca foi tão rápido em quase todas as áreas da saúde, particularmente na perfusão. Procedimentos que antes tinham prestígio devido à sua eficácia no passado tornaram-se obsoletos, especialmente em ambientes clínicos frequentemente resistentes a mudanças. A aquisição de novas habilidades exige o abandono de práticas ultrapassadas. Portanto, é essencial abraçar a reinvenção e expandir nossa base de conhecimento.

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