Descrição
Este livro apresenta o estudo sobre uma manifestação cultural de caráter religioso conhecida como Reza, que é pensada, elaborada e praticada, em grande parte, pelas comunidades rurais de Brejões, cidade localizada no interior da Bahia, ao sul do Recôncavo Baiano. No campo conceitual, a etnocenologia foi adotada como perspectiva transdisciplinar, utilizando o léxico proposto por Armindo Bião. A manifestação é descrita a partir da ênfase em três momentos que compõem sua estrutura: o preparar, o rezar e o sambar, interpretados como adverbialmente, adjetivamente e substantivamente espetaculares, respectivamente. Está inserida no contexto religioso do catolicismo popular e é entendida como festa. Na Reza de Brejões, santos católicos são cultuados africanamente. Entre as particularidades da manifestação está a formação de uma roda de samba no interior da casa onde é realizada, em frente ao altar, na qual pode ser observada a incorporação de santos e caboclos. A partir da noção das matrizes estéticas, entende-se que a roda de samba pode ajudar a compreender determinados aspectos da formação social e histórica de Brejões.
A narrativa aborda o modernismo musical brasileiro como um momento-chave para análises sobre as práticas musicais brasileiras em tempos antigos e modernos. Estudando as Serestas de Villa-Lobos e Manuel Bandeira (Manduca Piá), algumas canções de Tom Jobim e Vinícius de Moraes e outras de Edu Lobo e Chico Buarque, verifica-se que elas se relacionam a um tipo de cultura poética e musical produzida por uma classe média urbana, intelectualizada, mas não acadêmica, popular, mas não folclórica, culta, mas não erudita. Propusemos relacionar vidas e obras dos compositores através da ideia de estrutura de sentimento desenvolvida pelo intelectual Raymond Williams, pois elas confluem para uma consciência afetiva e cultural sobre o país que se traduz numa moderna brasilidade musical. Por outras trilhas, analisa-se criticamente as convergências e divergências de musicólogos e intelectuais em torno da construção nacional-folclorista erigida pelo modernismo musical, que almejou a criação de uma "música brasileira" ancorada em elementos nacionalistas e positivistas.
Tal concepção identitária se tornou canônica na história cultural do modernismo musical, defendida por uns e questionada por outros, debate que se faz presente ainda hoje. Nesses sentidos, propõe-se uma leitura interdisciplinar do modernismo musical brasileiro em seus aspectos culturais, históricos, estéticos e ideológicos, relacionando História Cultural, Musicologia, Literatura, Sociologia, Etnomusicologia e Estudos Culturais.
Este trabalho é, poeticamente, uma carta ao professor Armindo Bião, despachada na encruzilhada Etnocenologia da academia, da vida e da arte. Sua construção entrelaça a trajetória do autor – em suas perspectivas metodológicas e teóricas, artísticas e docentes – à produção epistemológica sobre a Etnocenologia no Brasil. Coteja-se a produção teórica do Grupo de Trabalho (GT) de Etnocenologia na Associação Brasileira de Pesquisa e Pós-Graduação em Artes Cênicas (ABRACE), entre os anos de 2008 e 2018, como reveladora de trilhas. A noção de encruzilhada, de Leda Maria Martins (1997), é adotada como fio condutor das reflexões que aqui se apresentam, distribuídas em quatro locus tangenciais: históricos, metodológicos, do corpo espetacular e das espetacularidades, cuja apreciação pode se dar na ordem em que se apresentam ou de modo independente. Examina-se o diálogo da Etnocenologia com a etnopesquisa crítica (MACEDO, 2010), a partir de cruzamentos preexistentes, e com a Prática Como Pesquisa (PCP), como um sintoma das pesquisas em Artes Cênicas no Brasil e no mundo. Entende-se como encruzilhada epistemológica da Etnocenologia os estudos das espetacularidades sob perspectivas culturais e estéticas. A noção de espetacularidade é percebida como principal operador de leitura da Etnocenologia, tendo seu desdobramento em três subconjuntos (substantivamente, adjetivamente e adverbialmente espetacular) – foco de uma análise pormenorizada – impondo-se sobre a noção de teatralidade.
Descubra o fascinante universo do Teatro Musical através das páginas de “A Ocupação da Cena: A Jornada Criativa da Musicalização Escolar no Teatro Musical Kimera”, de Acácia Angélica Monteiro. Esta obra é mais do que um livro, é uma jornada envolvente em cinco atos, desvendando os segredos da criação musical como ferramenta de educação e expressão artística.
A autora nos leva pelos bastidores da concepção e execução do Musical Kimera, mergulhando profundamente na magia da música, da dança e do teatro. Desde a inspiração inicial até a emocionante apresentação final, cada fase do processo de produção é detalhada, proporcionando uma visão íntima e envolvente do mundo da criação artística.
Com base em sua pesquisa em uma escola pública de Salvador, Bahia, Monteiro demonstra como o Musical Kimera amplia as experiências musicais dos alunos, estimulando sua expressão artística e promovendo um ambiente colaborativo e inspirador.
Além disso, o livro vai além da teoria, oferecendo o roteiro, as letras e as partituras das canções do Musical Kimera, acompanhados dos playbacks. Essa inclusão promove o crescimento artístico e cultural nas comunidades brasileiras através de novas produções nos palcos escolares e teatrais.
O “Musical Kimera – Um Mundo Imaginário” é uma celebração da criatividade, da educação musical e da beleza do Teatro Musical como uma forma de arte que inspira gerações. Prepare-se para se encantar e se emocionar nesta viagem extraordinária pelo poder da música e da imaginação.