Do ponto de vista das Políticas Públicas Educacionais, no âmbito da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica – RFEPCT, a criação dos Institutos Federais – IFs, em 2008, certamente foi um dos, senão o mais importante projeto de educação em nível nacional desde 1906.
Contudo, na esteira da Teoria do Ciclo de Políticas, de Stephen J. Ball, é pertinente buscar saber: “Como as Escolas Fazem Políticas”? Ao mesmo tempo, uma análise mais profunda no Contexto da Prática e demais contextos da Produção, da Atuação e dos Efeitos dessas políticas, também cabe perguntar: Como as “Escolas” Desfazem as Políticas num cenário de “Educação Global S.a.”, de “Novas Redes Políticas” e sob “O Imaginário Neoliberal”?
Na presente obra, resultado de Tese doutoral, o autor, Sidinei C. Sobrinho, faz uma análise minuciosa, em nível nacional, sobre o Ciclo de Políticas na RFEPCT (re)produzido nos IFs em sua primeira década e meia de existência. O texto convida o leitor à reflexão sólida e provoca para que se considere este Ciclo de Políticas profundamente colonizado pelo que o autor denomina de: “Carência Epistêmica” e “Homo enterprise” na Educação. Esta tese pode ser refletida sobre as demais políticas educacionais brasileiras e internacionais.
Em síntese, nas palavras de S. J. Ball, a proposta da presente obra é a de que “a questão não é dizer às pessoas o que pensar, mas fornecer ferramentas com as quais é possível pensar”. Este é o desafio ao qual o autor se propõe.

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