A ideia de estado de natureza é comumente relacionada ao pensamento de Thomas
Hobbes e Jean-Jacques Rousseau. O primeiro dentro da tese de que no estado natural
há uma guerra de todos contra todos, portanto, deletéria ao gênero humano; enquanto
o segundo teoriza o estado natural dos homens como um ideal que foi degenerado pela
sociedade ao ponto de haver a necessidade do Direito e do Estado para solucionar os
conflitos advindos dessa decadência. Kant nesse desiderato é um filósofo que dissertou
sobre essa ideia, vinculando-a as premissas básicas de Thomas Hobbes, mas sob um
viés especulativo intrínseco ao seu idealismo transcendental, mas, sobretudo ao seu
realismo empírico como reflexo prático dessa construção teórica. Dentro dessa
premissa, este estudo reconstrói o sistema kantiano e ressalta a importância dessa ideia
junto ao sistema moral do filósofo de Königsberg, cuja reconstrução parte da metafísica
kantiana até atingir a sua doutrina do Direito. Logo, é uma leitura que pode interessar
não só aos estudiosos da filosofia, mas também aos operadores do Direito que almejam
se aprofundar sobre uma das bases teórico-filosóficas do Direito ocidental
contemporâneo.
A ideia de estado de natureza é comumente relacionada ao pensamento de Thomas
Hobbes e Jean-Jacques Rousseau. O primeiro dentro da tese de que no estado natural
há uma guerra de todos contra todos, portanto, deletéria ao gênero humano; enquanto
o segundo teoriza o estado natural dos homens como um ideal que foi degenerado pela
sociedade ao ponto de haver a necessidade do Direito e do Estado para solucionar os
conflitos advindos dessa decadência. Kant nesse desiderato é um filósofo que dissertou
sobre essa ideia, vinculando-a as premissas básicas de Thomas Hobbes, mas sob um
viés especulativo intrínseco ao seu idealismo transcendental, mas, sobretudo ao seu
realismo empírico como reflexo prático dessa construção teórica. Dentro dessa
premissa, este estudo reconstrói o sistema kantiano e ressalta a importância dessa ideia
junto ao sistema moral do filósofo de Königsberg, cuja reconstrução parte da metafísica
kantiana até atingir a sua doutrina do Direito. Logo, é uma leitura que pode interessar
não só aos estudiosos da filosofia, mas também aos operadores do Direito que almejam
se aprofundar sobre uma das bases teórico-filosóficas do Direito ocidental
contemporâneo.