Vivemos em uma era de rápidas transformações tecnológicas, em que o progresso abriu portas para um cenário inexplorado de informações e oportunidades que desafiam as experiências passadas. Nos lares contemporâneos, os dispositivos móveis, tais como tablets, celulares e computadores desempenham um papel crucial no dia a dia, garantindo uma conectividade constante e imediata. Paralelamente, a televisão mantém sua relevância, continuando a ser uma presença marcante no entretenimento doméstico. Essa convergência de avanços tecnológicos redefine a maneira como interagimos com o conhecimento e nos conectamos, moldando um panorama único e dinâmico. Evidencia-se o precoce e constante aumento da exposição e uso das tecnologias pelas crianças, sem que exista um consenso na literatura a respeito dos seus possíveis efeitos na relação pais-filhos e no desenvolvimento psíquico da criança. Alguns pais parecem utilizar a tecnologia como "chupeta eletrônica", prendendo a atenção da criança de modo a calar o choro e suspender a demanda da figura materna e/ou paterna. Questiona-se: Quais são os fatores que levam pais de crianças entre 12 a 18 meses a ofertar tecnologias digitais? Esta pesquisa investiga o uso dos aparelhos digitais e seu impacto na relação pais-filhos, a partir da perspectiva psicanalítica.

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