A Revolução Farroupilha – ou Guerra dos Farrapos, como também é conhecida – foi um dos mais importantes eventos da História do Brasil e, como tal, inspirou ao longo dos anos uma grande quantidade de obras literárias, nas quais figuram personagens tanto ficcionais quanto extraídas da realidade.

Essas personagens, ao passarem pelo processo de conversão ficcional, ganham novas vidas na literatura, e a forma como são representadas – e em que episódios históricos ou ficcionais – pode aproximá-las ou distanciá-las das estruturas de um romance histórico tradicional; dos conceitos de uma metaficção historiográfica; ou de ambos, em diferentes momentos narrativos.

É justamente sobre esse processo de conversão ficcional de personagens históricas que versa “A Revolução Farroupilha na Literatura Brasileira”, onde se procura entender esse processo de aproximações e distanciamentos das obras com os construtos teóricos de Lukács e Hutcheon – e também em relação ao discurso histórico construído ao redor da revolução –, a fim de compreender como a Guerra dos Farrapos têm sido literariamente retratada desde a segunda metade do século XIX até a primeira metade de século XXI.

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