Descrição
Este livro investiga uma possível extensão ao ensino de Física dos conceitos de apolíneo e dionisíaco, termos cunhados por Nietzsche para descrever a cultura grega. Eles sintetizariam dois princípios antagônicos, mas complementares. Apolíneo, relativo a Apolo, o deus da beleza, é concebido como o figurado, o definido, o limitado, associado à escultura, à razão, ao figurador plástico. Dionisíaco, relativo a Dionísio, o deus do êxtase, é entendido como o não-figurado, que escapa à forma, à definição, à limitação. Ele pode ser entendido como o movimento que jamais será capturado, fixado; enfim, o pulsar da vida. Em seu período de esplendor, o homem grego teria sido capaz de combinar adequadamente esses princípios, cuja maior expressão é a tragédia. Quando o equilíbrio se rompeu, priorizando o apolíneo, a arte grega teria entrado em declínio. Algo semelhante teria ocorrido no ensino brasileiro, em uma manifestação particular de um risco permanente do espírito humano, que se apresenta tanto na Arte e na Filosofia quanto na Ciência e na Educação. Assim, a escola tradicional representaria a face resultante de uma ruptura e sua consequente decadência que, tal como na tragédia grega, também teria priorizado o aspecto apolíneo. O excesso do aspecto dionisíaco, porém, seria igualmente nefasto, pois não possui a organização, a sistematização, a racionalidade necessária ao estudo de Física e outras disciplinas para a construção de uma Paideia nacional.
Características
- Ano: 2021
- Autor: Kélsen André Santos
- Selo: Dialética
- ISBN: 9786525211923
- Páginas: 188
- Capa: Flexível