Além do ambiente de atuação muito fluido, os novos rumos ditados pela tecnologia também devem conduzir os novos conflitos a ambientes muito fluidos. A doutrina e a logística militar estão se adaptando para essas novas gerações de conflitos e inovações. Em paralelo, a narrativa sobre a internacionalização da Amazônia, presente desde seus primórdios, foi endossada pela agenda ambientalista, o que contribuiu para elevar a Hipótese de Emprego do Exército Brasileiro com mais prioridade para o cone Norte, considerando a invasão da Amazônia como uma das principais ameaças. No século XXI, a rivalidade entre potências, em particular China e EUA, suscitam o retorno de um período com intensa competição geopolítica. No aspecto econômico, as fronteiras do agronegócio colocam luz na região amazônica e no campo militar há possibilidade de eclosão desde pequenos conflitos sazonais e periféricos até guerras de maiores proporções, que podem envolver qualquer lugar, inclusive a própria Amazônia.

Nesse contexto, este livro analisa os problemas logísticos que envolvem particularmente as inovações tecnológicas e a Amazônia Oriental e analisa as propostas apresentadas pela Política Nacional de Defesa e pela Estratégia Nacional de Defesa, revisadas em 2020, coerente com o Plano de Ação do Comando Militar do Norte, de 2015. A investigação se estende até 2039, coerente com o estudo dos cenários prospectivos, da Assessoria Especial de Planejamento, do Ministério de Defesa, de 2017.

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