Audazes e pioneiros: terras, escravos e fortunas em Piraí, 1810-1888

Audazes e pioneiros: terras, escravos e fortunas em Piraí, 1810-1888

Autor: Marca: Dialética Referência: 9786525224664

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Descrição

Antes da metade do século XIX, o Brasil saltou de uma posição insignificante no século anterior até o lugar de maior produtor mundial de café, abastecendo o mercado norte-americano e europeu da bebida, que havia se tornado moda não fazia tanto tempo nos salões da aristocracia, mas cujo consumo rapidamente pulverizou-se pelos diversos níveis sociais. Foi exatamente durante o século das emancipações no mundo que o braço negro escravizado no Vale do Paraíba sustentou este boom, criando um novo cinturão agrícola que ergueu cidades e gerou enormes riquezas que só aproveitaram aos senhores de tantas almas. Quem eram estes senhores (diga-se, em muitos casos, senhoras) que se apossaram de várias centenas de gentes? Como alçaram-se à condição de maiores produtores agrícolas mundiais da rubiácea em poucas décadas? O ritmo ascendente de qualquer história de apogeu soa sempre como um prelúdio ao declínio, possivelmente menos por uma necessidade estrutural, embora muitos a defendam a ferro e fogo, e mais por vício narrativo. A emancipação dos escravos, o secamento das terras, dos cafezais e das cidades costuma ser entoado como a harmonia de uma monofônica ruína do Vale. Entretanto, quais precisamente foram as causas do declínio? Quão pesado foi o peso do martelo legal emancipatório na economia da região? Já próximo ao fim, estes "donos das almas" conseguiram adaptar-se a uma economia não escravista? Estas são algumas das perguntas a que os inventários de Piraí abrem certas frestas.



Características

  • Ano: 2022
  • Autor: Daniel Gandra
  • Selo: Dialética
  • ISBN: 9786525224664
  • Nº de Páginas: 260
  • Capa: Flexível


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Antes da metade do século XIX, o Brasil saltou de uma posição insignificante no século anterior até o lugar de maior produtor mundial de café, abastecendo o mercado norte-americano e europeu da bebida, que havia se tornado moda não fazia tanto tempo nos salões da aristocracia, mas cujo consumo rapidamente pulverizou-se pelos diversos níveis sociais. Foi exatamente durante o século das emancipações no mundo que o braço negro escravizado no Vale do Paraíba sustentou este boom, criando um novo cinturão agrícola que ergueu cidades e gerou enormes riquezas que só aproveitaram aos senhores de tantas almas. Quem eram estes senhores (diga-se, em muitos casos, senhoras) que se apossaram de várias centenas de gentes? Como alçaram-se à condição de maiores produtores agrícolas mundiais da rubiácea em poucas décadas? O ritmo ascendente de qualquer história de apogeu soa sempre como um prelúdio ao declínio, possivelmente menos por uma necessidade estrutural, embora muitos a defendam a ferro e fogo, e mais por vício narrativo. A emancipação dos escravos, o secamento das terras, dos cafezais e das cidades costuma ser entoado como a harmonia de uma monofônica ruína do Vale. Entretanto, quais precisamente foram as causas do declínio? Quão pesado foi o peso do martelo legal emancipatório na economia da região? Já próximo ao fim, estes "donos das almas" conseguiram adaptar-se a uma economia não escravista? Estas são algumas das perguntas a que os inventários de Piraí abrem certas frestas.

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