Descrição
A dança acompanha o homem desde sua aparição e em sua organização social. Ele dançava como meio de comunicação, acasalamento, interação de grupos, relações sociais etc. O homem nasce dançando, porque faz parte de sua natureza dançar.
Mergulhando nesta obra “O BAILAR DO TEMPO VELHO: Tomo I – A Dança e seus Mestres”, veremos que, ao longo da história, a dança teve seus significados e sentidos transformados e aperfeiçoados, até que, com a aristocracia do século XV, a dança passou a ser executada nos grandes salões dos palácios, quando surge a Dança de Salão.
Os Mestres de Dança (“maîtres de danse”) ensinavam à nobreza a dança e a etiqueta da corte. No Brasil também circularam os Mestres de Dança, bem como o seu legado e as suas obras literárias, que foram pilar para a sedimentação deste vasto e importante conhecimento artístico. Foi de fundamental importância a circulação dos mestres de dança na corte e em todo o país.
A dança é uma comunicação não verbal do pensamento interno, por meio do corpo, uma manifestação do pensamento em movimento. A dança é uma arte criativa e cênica, que tem como objeto o movimento e, como ferramenta, o corpo. “Ela é imanente do corpo, impossível separar a dança do corpo que dança”.
Esta obra é uma ponte entre gerações; os leitores terão a oportunidade de aprender sobre História da Dança e culturas diferentes, ampliar sua compreensão do mundo e, mais importante, contribuir para a preservação das tradições que enriquecem nossa humanidade.
O Cotilhão (Cotillon) é uma dança social, popular na Europa e na América do século XVIII e início do século XIX, sendo uma versão cortesã de uma country dance inglesa, a precursora da quadrilha. Consistia em uma série de figuras e jogos festivos, lideradas por um condutor ou par guia (marcante). De acordo com A. Lopes (1885):
“O Cotillon ou Jogo da Sociedade exprime o meio de um divertimento recíproco, de um ilimitado número de pessoas, a hospitalidade e a paternidade universal”.
Revisaremos nesta obra mais de 100 figuras do Cotillon, sua introdução, características e popularidade entre os bailes sociais, sua evolução, apogeu e contribuição para a formação das quadrilhas e de outras danças tradicionais. Figuras como as do dedinho, espelho, cabra-cega, grande roda, serpente, dentre outras, alegravam os bailes gaúchos de antanho.
Há um grande número de referências enfatizando sua popularidade universal nos melhores e mais altos círculos da sociedade (inclusive até o início do século XX), e muitos manuais de ensino foram publicados pelos mestres de danças para ajudar a relembrar o grande número de figuras que foram inventadas.