Diante do cenário descortinado pelos progressos biotecnológicos, decorrentes dos avanços das pesquisas na área da Genética, questões até então imprevisíveis à sociedade, tais como: organismos transgênicos, cirurgia de redesignação sexual, pesquisas com células-tronco embrionárias, embriões excedentes ou supranumerários, clonagem terapêutica, mapeamento do genoma humano, dentre outras, ensejam respostas coerentes e urgentes, tendo em vista que, se é verdade que o progresso científico pode trazer benefícios à humanidade, também o é que ele pode construir armas biológicas capazes de dizimá-la, razão pela qual sempre deverão ser analisados os riscos que essas novidades podem conter. Essas pesquisas não podem ficar submetidas a qualquer tipo de interesse, elas precisam ser realizadas de forma ética e responsável, conforme preconiza a Bioética e regulamenta o Biodireito. A polêmica em torno dessas questões, apesar de o Brasil ser um país laico, põe em conflito a ciência e a religião, em que o tradicionalismo religioso Católico se contrapõe aos postulados da ciência. Esta obra analisa se a moral e a ética da Igreja Católica dificultam a normatização e regulamentação dos resultados dos avanços das pesquisas na área da Genética.

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