Cancioneiros do IPUB reflete os 22 anos de “estrada”, como uma paisagem movida pelo desejo. Para tal, foi realizada uma pesquisa de abordagem qualitativa, empregando a pesquisa participante, a etnografia e a auto-etnografia, prontuários dos integrantes do grupo e documentos diversos no Projeto como cadernos de campos, materiais publicados e levantados nos meios midiáticos em que apareceram. O campo da pesquisa foi, primordialmente, o Hospital Dia do IPUB, onde aconteciam os grupos terapêuticos e os ensaios para as apresentações do conjunto musical. O público-alvo foram os músicos, pacientes psiquiátricos do IPUB, familiares e profissionais que atuavam no Projeto. Com eles, foram realizadas entrevistas semiestruturadas pelo método da História Oral.

Objetivou-se descrever a experiência e suas possibilidades de repercussão pedagógica, assim como desafios enfrentados e identificar se as ações de musicoterapia melhoraram a vida das pessoas envolvidas. Isso porque o fazer musical atingiu a perspectiva de arte, traçada a partir do sentimento, possibilitando a constituição de uma nova identidade, principalmente em razão desses cancioneiros serem vistos como sujeitos, músicos e autores e não só como pacientes. Ese trabalho mostrou o potencial de aplicação e multiplicação dessa abordagem, dentro do cenário da saúde mental, em função dos inúmeros projetos surgidos a partir dele.

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