Na perspectiva do Sociodrama, abrem-se as cortinas: o palco é a Educação Superior brasileira no séc. XXI e as políticas públicas que fomentam os setores público e privado. Questiona-se sobre a permanência de comunidades, antes à margem, na Universidade. Olha-se os Encontros entre o saber popular e o conhecimento acadêmico.

Os concluintes do ensino médio, os coletivos organizados, os territórios invisibilizados, o mercado e os defensores do papel estratégico que as Universidades demonstram no caminho da nação requerem a democratização desse palco. Algumas vozes reverberam, outras emudecem. As instituições, munidas de rituais (vestibular e ENEM), permitem o acesso, mas não garantem a permanência. E, para ficar, há que se despir de referências culturais para assumir a beca acadêmica, costurada ao norte nos moldes do hegemônico.

Entre o privilégio do saber para elites e a formação profissional da grande massa, surge a Universidade Suleada buscando abrigar o popular e não o pasteurizar em massa. Esse livro denuncia os dramas das comunidades que adentram a Universidade.

Com Sociodrama interno constroem-se cenas de experiências da pesquisadora nos entornos da Universidade Federal do Sul da Bahia. Ao olhar a permanência de estudantes, emerge o drama da própria instituição, porta-voz de muitos outros dramas, como aqueles das universidades públicas e gratuitas, que insistem em permanecer. Por fim, a permanência protagônica deixa de ser a dos saberes dos povos para ser a sua existência.

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