Se a linguagem em sua expressão proposicional pretende dar conta de um juízo verdadeiro ou falso sobre o mundo, é necessário perguntar sobre a legitimidade dessa relação linguagem-mundo. Para Wittgenstein (do Tractatus), tal relação é fundamental e se dá através da Figuração. O intuito é propor e, dentro de certos limites, confirmar o seguinte condicional: se a estrutura de mundo "dito", no Tractatus, é demasiadamente reduzida pela forma lógica de afiguração, será possível ampliar a estrutura do mundo a partir da própria teoria da figuração?

Motivado por esta interrogação e postulando uma hipótese de resposta positiva é que se delineia o itinerário geral da presente dissertação. Assim, os dois primeiros capítulos elucidam o pressuposto do qual partimos, a saber, que a estrutura de mundo dito no Tractatus é demasiadamente reduzida pela forma de afiguração. O terceiro e último capítulo trata da possibilidade de buscar ampliar a noção de mundo, sem desprezar a teoria da figuração, introduzindo a contradição como "fronteira" no espaço lógico.

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