Guerra sem fim: a economia política da "guerra às drogas" no Rio de Janeiro

Guerra sem fim: a economia política da "guerra às drogas" no Rio de Janeiro

Autor: Marca: Dialética Referência: 9786525284040

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Descrição

A ditadura marcou o auge da Base Industrial de Defesa brasileira, consolidando a Doutrina de Segurança Nacional e Desenvolvimento, sob influência estadunidense. Projetava-se um crescimento econômico através da criação de uma indústria bélica protegida de ponta a ponta, impulsionada pela "ameaça comunista" e, adiante, pela "guerra às drogas". O mercado interno cativo sustentaria a vocação exportadora da indústria, cujo controle pelos militares seria a principal moeda de troca na transição negociada para a democracia. O Brasil se inscrevia no circuito global da mobilização permanente para a guerra, travada, aqui, no plano interno, e financiada, notadamente, pela transferência de recursos sociais para a segurança pública. Tal deslocamento de verbas é estudado, nesta obra, em relação aos orçamentos anuais do RJ. Analisa-se a fusão mística entre oferta e demanda, o encontro de uma oferta real de produtos e serviços engendrados pela "guerra às drogas" com uma demanda artificial, perenizada, especialmente ativada durante emergências econômicas, concentrada nas mãos do Estado, mas toda atravessada pela iniciativa privada, e alheia às oscilações do consumo individual. A função (político econômica) não declarada da "guerra às drogas", de alimentar um privilegiado e peculiar campo de acumulação de capital em tempos de recessão crônica, seria viabilizada através da seletividade racista do sistema penal, atualizada pela 3ª revolução tecnocientífica e a eclosão do neoliberalismo no Brasil.



Características

  • Ano: 2023
  • Autor: Gabriel Salgado
  • Selo: Dialética
  • ISBN: 9786525284040
  • Páginas: 168
  • Capa: Flexível


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A ditadura marcou o auge da Base Industrial de Defesa brasileira, consolidando a Doutrina de Segurança Nacional e Desenvolvimento, sob influência estadunidense. Projetava-se um crescimento econômico através da criação de uma indústria bélica protegida de ponta a ponta, impulsionada pela "ameaça comunista" e, adiante, pela "guerra às drogas". O mercado interno cativo sustentaria a vocação exportadora da indústria, cujo controle pelos militares seria a principal moeda de troca na transição negociada para a democracia. O Brasil se inscrevia no circuito global da mobilização permanente para a guerra, travada, aqui, no plano interno, e financiada, notadamente, pela transferência de recursos sociais para a segurança pública. Tal deslocamento de verbas é estudado, nesta obra, em relação aos orçamentos anuais do RJ. Analisa-se a fusão mística entre oferta e demanda, o encontro de uma oferta real de produtos e serviços engendrados pela "guerra às drogas" com uma demanda artificial, perenizada, especialmente ativada durante emergências econômicas, concentrada nas mãos do Estado, mas toda atravessada pela iniciativa privada, e alheia às oscilações do consumo individual. A função (político econômica) não declarada da "guerra às drogas", de alimentar um privilegiado e peculiar campo de acumulação de capital em tempos de recessão crônica, seria viabilizada através da seletividade racista do sistema penal, atualizada pela 3ª revolução tecnocientífica e a eclosão do neoliberalismo no Brasil.

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  • Ano: 2023
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  • ISBN: 9786525284040
  • Páginas: 168
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