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Link: https://drive.google.com/file/d/1r6IQQcw_4ejjij738xNV16Y3NdvAOPsO/view?usp=sharing
 

A pesquisa deste livro foi considerada, ironicamente, “insólita” pela Gazeta do Povo (porta-voz do bolsonarismo, segundo o Intercept Brasil) no dia 3 de junho de 2024. Portanto, trata-se de uma proposta adequada para as leitoras que desejam se afastar do âmbito liberal-conservador brasileiro, mas inconveniente para aquelas que acreditam nesse mitologema. Dito isso, o livro analisa quais corpos habitam, ou não, a memória e os quadros de honra das faculdades de Direito públicas no Brasil sob a concessão do título de Doutor Honoris Causa. A ideia da investigação surgiu a partir da primeira decisão da Universidade Federal do Rio de Janeiro, mais especificamente da Faculdade Nacional de Direito, que negou a outorga a Nei Lopes no dia 30 de junho de 2021. Em vista do ocorrido, foram coletadas inúmeras condecorações atribuídas no percurso histórico de 23 cursos jurídicos espalhados pelo Brasil para descrever o habitus da educação jurídica. Constatou-se, então, que a maioria dos corpos agraciados com o título de Doutor Honoris Causa pelas unidades representantes dos bacharelados em Direito é masculina, branca, europeia e restrita à formação jurídica. Apesar da abertura presente nas normas institucionais sobre o título honorífico em questão, o Doutor Honoris Causa se revelou um dispositivo de memória exclusivo-inclusivo e disciplinador dos corpos que adentram a área do Direito.

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