“Igrejas Evangélicas e Política no Brasil: os que têm fome e sede de poder serão fartos?” destaca o papel político da igreja evangélica brasileira no século XXI e, em especial, o protagonismo das igrejas neopentecostais e pentecostais nessa empreitada, revelando ao país, já nas primeiras décadas do presente século, frentes destacadas no campo político-legislativo. A ascensão política dos evangélicos, nestes últimos anos, tem sido alvo de significativo volume de pesquisas; mas, a despeito disto, persistem questões acerca dos condicionamentos, processos, combinações e proposituras que auspiciaram à Igreja Evangélica no Brasil galgar, contemporaneamente, um lugar de certa importância nas definições políticas. O protagonismo da militância evangélica na política brasileira contemporânea e a operacionalização, por parte dessa militância, de um projeto de poder que visa a hegemonia de um certo cristianismo na política do Brasil, demonstra que a unidade teológico-doutrinária improvável, em razão da natureza plural desse segmento cristão, torna-se não apenas possível, quanto viável no quadro de um ativismo político nacional conservador, reunindo sob os mesmos ideais católicos conservadores, protestantes históricos, neopentecostais e pentecostais, de modo que a unidade teológica improvável no campo religioso converte-se em forte coalisão ideológica exequível na arena política nacional.

Deixe seu comentário e sua avaliação

Nome:

E-mail
Mostrar meu e-mail

Mensagem

- Máximo de 512 caracteres.

Clique para Avaliar

• Avaliação:

Faça seu login e comente.