O foco do presente trabalho é o estudo histórico, social e legal da situação da infância em nosso país. Buscou-se compreender a questão de o fenômeno da violência contra a criança ser tão comum e uma prática socialmente aceita, haja vista que a educação através de violência é prática não condenada pela comunidade. Foi utilizada a revisão bibliográfica como ferramenta de compreensão de tal fenômeno social, e a literatura também teve um papel preponderante na tentativa de compreender a dimensão psicológica da agressão, sendo uma importante ferramenta para resgate dos registros históricos e compreensão da sociedade em que a criança está inserida. Ao longo da obra, foi abordada a história da criança, com especial enfoque na construção do sentido de prioridade absoluta ao longo dos séculos, saindo da absoluta indiferença até o conceito de prioridade absoluta dos tempos atuais. Em um segundo momento, foi proposta uma abordagem sociológica na tentativa de compreender as linhas que separavam o higienismo das abordagens que passaram a evidenciar a abordagem da criança em um ponto de centralidade na sociedade. Por fim, foi proposta uma análise crítica de legislações que versam sobre a prioridade absoluta da criança e os mecanismos para retirar a invisibilidade da violência e partir para a responsabilização dos agressores.

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