Para Michel Serres, pensar é estabelecer pontes e promover sínteses, o que é feito através de seus personagens, especialmente Arlequim, a fim de uma narrativa leve e flexível, uma filosofia mestiça...

Texto de contracapa: Pensar, para Serres, é inventar. E o autor, ao refletir sobre a educação a partir de Serres, não poderia deixar de destacar a importância da inventividade em contrapartida à educação pela repetição, reprodução e submissão ao saber e ao fazer já estabelecidos. Ao retomar as relações da ciência com a natureza, destaca, talvez, uma das propostas mais urgentes e atuais da filosofia de Serres: aquela referente a uma pedagogia para o cuidado com a natureza, na qual, mais que parasitas dela, tornamo-nos simbiontes, numa relação em que, para vivermos, precisamos cuidar dela. Mais que a guerra de todos contra todos, estamos, para Serres, todos em guerra contra o mundo. Embora seja imprescindível a paz entre os homens, é mais necessário que isso a paz desses com o mundo, porquanto, sem mundo, não há homens, não há história, não há futuro.

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