"O CTG Tiarayu é a nossa casa": caminhos possíveis para práticas antirracistas, através do Saber Tradicionalista

"O CTG Tiarayu é a nossa casa": caminhos possíveis para práticas antirracistas, através do Saber Tradicionalista

Autor: Marca: Dialética Referência: 9786527003182

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Descrição

Minha relação com o tradicionalismo sulista aconteceu por forte influência da minha mãe, Eva, curiosamente nordestina. Em casa, através da transmissão oral, aprendi sobre a indumentária, o hino rio-grandense, as lendas. No espaço da casa, tive o primeiro contato com o “modo gaúcho de ser”. Apesar disso, entendi o quanto o tradicionalismo é extremamente sofisticado e repleto de nuances.

Quando iniciei o processo investigativo com duração de três anos no CTG Tiarayú, meu principal objetivo era entender a forma como o Movimento acolhia ou resistia ao fenômeno do turismo. À medida que fui adentrando no seio da Entidade, fui totalmente capturada pela dança tradicionalista. Ela é a “menina dos olhos” dos grupos de maior proeminência. Tudo orbita ao redor dela e do Encontro de Artes e Tradição (ENART). Posteriormente, em um segundo momento, com um olhar investigativo mais apurado, decidi debater sobre a necessidade do uso de práticas voltadas para o letramento racial, tendo como palco os CTGs.

Iniciei esta obra propondo ao leitor uma reflexão sobre a necessidade de repensarmos a prática tradicionalista, criando novas narrativas sobre raça. Demonstro como, historicamente, as categorias de raça/pigmentação foram um mecanismo de inferiorização pedagógico-institucional utilizado pelo Ocidente. Mas é justamente por estar ancorado na lógica afro-semita, metodologicamente, de transmissão geracional, garantindo sua perpetuidade, que o tradicionalismo transforma-se em um fenômeno social.



Características

  • Ano: 2023
  • Autor: Laís Góis
  • Selo: Dialética
  • ISBN: 9786527003182
  • Páginas: 216
  • Capa: Flexível


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Minha relação com o tradicionalismo sulista aconteceu por forte influência da minha mãe, Eva, curiosamente nordestina. Em casa, através da transmissão oral, aprendi sobre a indumentária, o hino rio-grandense, as lendas. No espaço da casa, tive o primeiro contato com o “modo gaúcho de ser”. Apesar disso, entendi o quanto o tradicionalismo é extremamente sofisticado e repleto de nuances.

Quando iniciei o processo investigativo com duração de três anos no CTG Tiarayú, meu principal objetivo era entender a forma como o Movimento acolhia ou resistia ao fenômeno do turismo. À medida que fui adentrando no seio da Entidade, fui totalmente capturada pela dança tradicionalista. Ela é a “menina dos olhos” dos grupos de maior proeminência. Tudo orbita ao redor dela e do Encontro de Artes e Tradição (ENART). Posteriormente, em um segundo momento, com um olhar investigativo mais apurado, decidi debater sobre a necessidade do uso de práticas voltadas para o letramento racial, tendo como palco os CTGs.

Iniciei esta obra propondo ao leitor uma reflexão sobre a necessidade de repensarmos a prática tradicionalista, criando novas narrativas sobre raça. Demonstro como, historicamente, as categorias de raça/pigmentação foram um mecanismo de inferiorização pedagógico-institucional utilizado pelo Ocidente. Mas é justamente por estar ancorado na lógica afro-semita, metodologicamente, de transmissão geracional, garantindo sua perpetuidade, que o tradicionalismo transforma-se em um fenômeno social.

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  • Ano: 2023
  • Autor: Laís Góis
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  • ISBN: 9786527003182
  • Páginas: 216
  • Capa: Flexível


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