O Império e a Senhora: memória, sociedade e escravidão em José de Alencar

O Império e a Senhora: memória, sociedade e escravidão em José de Alencar

Autor: Marca: Dialética Referência: 9786525270654

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Descrição

Partindo de um diálogo entre os campos da memória, história e literatura, o seguinte livro se propõe a analisar o romance "Senhora" (1875), escrito por José de Alencar, quanto à representação que este faz da sociedade do Rio de Janeiro, entre as décadas de 1850 e 1870, incluindo suas práticas e costumes, entre eles o chamado casamento de conveniência. Concebido como uma forma de obtenção de status econômico e social entre as famílias aristocráticas do período, percebeu-se que, na referida obra, essa prática, que tinha na concessão do dote das noivas a sua característica comercial mais nítida, foi discriminada por Alencar como algo contrário ao ideal de amor conjugal, difundido pelo autor em outros de seus romances urbanos. Ao criticar o matrimônio como uma espécie de mercado de peças, na qual a noiva oferece o valor mais alto para adquirir o noivo desejado, José de Alencar possivelmente faz uma analogia com o regime escravocrata, vigente no Brasil da segunda metade do século XIX. Criando um enredo em que a jovem compra o marido que a rejeitara quando moça pobre, Alencar subverte a suposta ordem dentro do matrimônio, colocando a mulher como provedora do lar e senhora, e o marido como vassalo da mesma.



Características

  • Ano: 2023
  • Autor: Renato Drummond Tapioca Neto
  • Selo: Dialética
  • ISBN: 9786525270654
  • Nº de Páginas: 188
  • Capa: Flexível


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Partindo de um diálogo entre os campos da memória, história e literatura, o seguinte livro se propõe a analisar o romance "Senhora" (1875), escrito por José de Alencar, quanto à representação que este faz da sociedade do Rio de Janeiro, entre as décadas de 1850 e 1870, incluindo suas práticas e costumes, entre eles o chamado casamento de conveniência. Concebido como uma forma de obtenção de status econômico e social entre as famílias aristocráticas do período, percebeu-se que, na referida obra, essa prática, que tinha na concessão do dote das noivas a sua característica comercial mais nítida, foi discriminada por Alencar como algo contrário ao ideal de amor conjugal, difundido pelo autor em outros de seus romances urbanos. Ao criticar o matrimônio como uma espécie de mercado de peças, na qual a noiva oferece o valor mais alto para adquirir o noivo desejado, José de Alencar possivelmente faz uma analogia com o regime escravocrata, vigente no Brasil da segunda metade do século XIX. Criando um enredo em que a jovem compra o marido que a rejeitara quando moça pobre, Alencar subverte a suposta ordem dentro do matrimônio, colocando a mulher como provedora do lar e senhora, e o marido como vassalo da mesma.

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  • Ano: 2023
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  • ISBN: 9786525270654
  • Nº de Páginas: 188
  • Capa: Flexível


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