Descrição
Hodiernamente, a deficiência é uma temática multidimensional, podendo ser abordada
pela mais variadas áreas da Ciência, desde as esferas da saúde, como a medicina, até as
Ciências Sociais, como o Direito e Política. Entretanto, esta plurivisão é algo recente, de
maneira que até meados do século XXI prevalecia de modo hegemônico uma perspectiva
puramente biomédica do fenômeno da deficiência, considerando-a como uma patologia. O
modelo social da deficiência surge como um paradigma inovador, definindo deficiência
como a vivência em corpos com impedimentos em ambientes com barreiras. Neste sentido,
ela se torna parte da diversidade humana e não um estigma. Apesar dessa revolução
interpretativa, a deficiência ainda é governada pelos ditames do senso comum, por
posturas caritativas ou mesmo relegada à invisibilidade social. O Direito brasileiro contém
um amplo rol de normas protetivas das pessoas com deficiência, que, contudo, carecem de
densificação. Essa mazela deve-se em parte a carência de estudos sobre a temática pela
ótica jurídica. Ademais, mesmo no âmbito da sociologia da saúde, o modelo social ainda é
pouco difundido. Portanto, o objetivo deste trabalho é analisar o modelo social da
deficiência pela perspectiva do Direito, demonstrando "se" e "como" o ordenamento
jurídico interno está adotando tal arquétipo. A metodologia utilizada foi a análise de
conteúdo de decisões e legislações nacionais e internacionais, bem como a revisão
bibliográfica sobre a deficiência. Os resultados encontrados demonstram que o Estado
brasileiro dispõe de mecanismo de efetivação dos direitos das pessoas com diversidade
funcional, todavia, óbices, como a invisibilidade, preconceito e descomprometimento
socioinstitucional representam barreiras ambientais que geram e promovem a exclusão dos
deficientes.
Características
- Ano: 2020
- Autor: Denisson Gonçalves Chaves.
- Selo: Dialética
- ISBN: 9786587401997
- Páginas: 284
- Capa: Flexível