A partir do tratado Do Sublime de Longinus, avançaremos para a sua recepção e repercussão na Inglaterra oitocentista de Burke. Em seguida, o sublime em Kant será revisitado visando dialogar com Adorno. Através das obras musicais da Nova Música, analisaremos os desdobramentos presentes nessa nova proposta radical musical, despadronizada quando comparada às obras musicais, ditas padronizadas por Adorno. A hipótese de que a Nova Música esteja imbricada, tanto com o sublime em Burke, via expressionismo musical, bem como com o sublime matemático kantiano, dada a incomensurabilidade de suas possibilidades composicionais advindas do dodecafonismo schönberguiano, receberá em Adorno o tratamento de enigma. Por último, a regressão auditiva apresentada como decorrência principal, nas artes musicais, da Indústria Cultural. Entretanto a regressão auditiva, paradoxalmente aos sombrios prognósticos adornianos, descortinará novos rumos para a música ocidental, uma vez que, da liberação das dissonâncias e do serialismo, advindas da mesma Segunda Escola de Viena, surgiram os movimentos de música concreta, eletrônica e eletroacústica, permitindo-se um novo tratamento musical para o ruído, transformando-o, assim, no mais novo elemento composicional.

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