Este livro possui como objetivo analisar as tendências do sistema prisional brasileiro, abordando o processo de recrudescimento do controle social punitivo após o golpe parlamentar de 2016. Para tanto, trabalharam-se, especialmente, as categorias Estado, classes sociais, exército industrial de reserva, poder punitivo, criminalização da pobreza, racismo estrutural, políticas sociais, privatização, crise, neoliberalismo e neofascismo. Verificou-se que o expressivo encarceramento em massa concomitante à deterioração das políticas sociais são representações emblemáticas do Estado dependente subjugado ao neoliberalismo. A privatização das políticas públicas como processo elementar do neoliberalismo avança em direção às esferas estatais, que antes não interessavam aos mercados de capitais, tornando lucrativos os serviços e as funções outrora vistos apenas como gastos desnecessários para o capital. Portanto, a população que excede as necessidades da acumulação capitalista (as classes perigosas) deve ser de alguma forma fonte de lucro através da mercantilização de todas as relações sociais possíveis.

Palavras-chave: Estado. Sistema prisional. Classes perigosas. Crise. Golpe. Neofascismo.

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