De e-mails para o chefe a posts nas redes sociais, boa parte das coisas mais importantes e consequentes que fazemos o fazemos por escrito. E pelo modo como o fazemos, revelamos muito de quem somos: nossas ideias (inclusive as ruins) encontram na escrita um registro potencialmente definitivo. Ao mesmo tempo, escrevendo e reescrevendo nossos textos, tornamo-nos e transformamos quem somos enquanto aprendemos a navegar os (dis)cursos da comunicação intercultural no mundo contemporâneo – os quais podem ser especialmente sinuosos no mundo universitário. Para o bem e/ou para o mal, os desenvolvimentos recentes das políticas educacionais têm transformado a qualidade do ensino superior em um sinônimo de internacionalização, propondo a estudantes e professores um desafio inerente ao intercâmbio acadêmico: escrever em inglês.

Enfocando uma faceta específica desse novo e excepcional espaço de uso da língua(gem), este livro lança luz sobre um gênero discursivo ainda pouco estudado no Brasil: os ensaios autobiográficos admissionais conhecidos no meio acadêmico de língua inglesa como personal statements. Concentramos nossa atenção em personal statements escritos por candidatos brasileiros e norte-americanos a cursos de graduação em universidades dos Estados Unidos a fim de investigar o ethos discursivo projetado por esses enunciadores, todos investidos no propósito de ingressar no mundo (real ou imaginado) que as universidades internacionais e internacionalizadas representam.

Deixe seu comentário e sua avaliação

Nome:

E-mail
Mostrar meu e-mail

Mensagem

- Máximo de 512 caracteres.

Clique para Avaliar

• Avaliação:

Faça seu login e comente.