Ao exercer a preceptoria com os Estudantes de Medicina da Universidade São Caetano do Sul, os preceptores médicos da Atenção Primária à Saúde na Estratégia de Saúde da Família da Zona Sul de São Paulo que trabalham na Associação Saúde da Família enfrentam dificuldades. Esta pesquisa, de caráter quantitativo e qualitativo, tem como objetivo identificar essas dificuldades e apresentar os dados coletados, analisados estatisticamente por meio de técnicas adequadas. Dos 20 preceptores conseguiu-se entrevistar 18 deles (90%). A análise quantitativa demonstrou problemas na compreensão das Metodologias Ativas de Ensino, do planejamento da reunião da equipe de Saúde da Família, da organização do Sistema Único de Saúde, no conhecimento das Diretrizes Curriculares Nacionais, bem como no ensino do Método Clínico para os Estudantes e transmissão de conhecimento para populações, além da compreensão da Atenção Primária à Saúde e Estratégia de Saúde da Família. Na análise qualitativa evidenciaram-se uma demanda excessiva de consultas e cobrança de metas, tempo insuficiente para a consulta médica, fatores que dificultam a Preceptoria, um escasso número de consultórios e espaço físico inadequado, falta de apoio ao preceptor por parte principalmente da gestão, agenda inflexível e desmotivação dos Preceptores. Priorizar a qualidade do atendimento – e não a quantidade –, a educação e a capacitação permanente e continuada poderiam contribuir para a solução dessas dificuldades. 

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