Este livro apresenta uma análise minuciosa, de relevância acadêmica e social, sobre os discursos que tratam da relação entre a reestruturação produtiva do capital e a formação escolar veiculados nos livros didáticos de Geografia, descortinando, a partir de pesquisas in loco em uma escola pública e uma privada, que os conteúdos vinculados à temática analisada apontam mais as benesses do que os malefícios do capitalismo.

Texto de contracapa: A reestruturação produtiva do capital marca a fragmentação do poder sindical da classe trabalhadora e funda o novo e precário mundo do trabalho, que, na atualidade, atua atrelado à educação. Nesse contexto, as competências e habilidades que o aluno precisa desenvolver durante a vida escolar passam a ser ressignificadas para atender às novas mudanças no mundo do trabalho e na atividade industrial. E, assim, durante o processo de formação escolar, entra em cena o papel da ideologia na educação, que, na hodierna conjuntura, tem servido para validar esse novo e precário mundo do trabalho. No Brasil, país que, historicamente, investe pouco na educação básica, o livro didático figura como o principal recurso do processo de ensino-aprendizagem. Por isso, neste livro, propomos uma análise do conteúdo da temática que envolve o debate sobre a reestruturação produtiva do capital nos livros didáticos de Geografia, a fim de verificar se/como os discursos apresentados nesses livros por meio de uma comparação do material utilizado no ensino público e no privado evidenciam algum tipo de intencionalidade, ou seja, se há um discurso ideológico que corrobore as necessidades de produção e reprodução do capital.

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