Sexualidade e Repressão é um tema que atravessa as preocupações dos povos desde tempos remotos. Como fazemos uso dos prazeres que temos à disposição? Nesse caminho de satisfação pessoal, profissional, sexual – ou seja ela de qual ordem for, e que cada indivíduo ou grupo vai dar um determinado lugar no âmbito de sua própria vida –, logo percebemos que surge uma série de aspectos problemáticos que subtraem de nossa capacidade para uma vida feliz. Para alguns, aparece a questão acerca do preço que se está disposto a pagar para viver aqueles impulsos cujo prazer gerado se torna objetivo fixo, fazendo-nos muitas vezes obcecados por ele. Grandes pensadores da humanidade – mas também os homens comuns em sua vida cotidiana, cuja observação nos consiste em grande fonte de aprendizado – deram respostas a questões como essas pela maneira que encontraram de viver suas próprias vidas.
Empenhei-me em colocar frente a frente Sigmund Freud, inventor da famosa escola da Psicanálise, e Wilhelm Reich, inventor da Teoria do Orgasmo. Para Reich, os problemas do homem para encontrar a tão almejada felicidade serão colocados na conta de uma estrutura social e histórica repressiva e perturbadora de um organismo naturalmente capaz de satisfação plena. Por outro lado, para Freud parece haver, na própria essência da vida instintual e psíquica, ao lado da busca instintiva pelo prazer, um modo de operação involutivo, destrutivo, autonomamente voltado para produzir o sofrimento humano e a morte.

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