Evidenciar o tráfico de mulheres como atividade prática desumana e ilícita que retira delas a possibilidade de sua liberdade e do crescimento da personalidade feminina no sentido do autêntico gênero humano. Para tanto, este livro trata fundamentalmente da alienação manifesta nas relações entre homem e mulher, quando o corpo feminino se inscreve no capitalismo recente como mercadoria, para fins de exploração sexual.

A análise tem sua referência numa perspectiva ontológico-materialista. Assim, apresenta uma perspectiva com base no pensamento de Lukács e toma o trabalho como base ontológica do ser social. Nesse viés, aborda a alienação como contradição entre o desenvolvimento das forças produtivas e o desenvolvimento da individualidade humana.

A mercadoria, por sua vez, é percebida pela perspectiva marxiana, como categoria decisiva do processo de acumulação do capital, expressa de múltiplas formas a partir do desenvolvimento da sociabilidade e da individuação. 

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