
Descrição
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Como os juristas brasileiros se posicionaram diante da fragmentada legislação processual penal na Primeira República (1889-1930)? Os discursos liberais no âmbito do processo penal se moveram nesse terreno legislativo almejando um equilíbrio entre ordem e liberdade. A balança de cada jurista, porém, estava calibrada de diferentes maneiras, oscilando entre posições ecléticas e mais técnicas ao interpretar a legislação e ao atuar contra ou favor de reformas. Diante desse complexo cenário que o federalismo ocasionava ao processo penal, os congressos de direito fomentavam um consenso em prol da reunificação do processo e os nossos juristas acompanhavam – tentando traduzir para a realidade brasileira – as reformas do processo penal que ocorriam na Europa, em que se discutia, por exemplo, a preferência entre sistema acusatório e inquisitivo. Quanto ao perfil desses, passou-se de um perfil de equilíbrio entre o bacharel político e o bacharel burocrata no início da Primeira República para um perfil estritamente burocrata ao seu final. Por fim, se notará como, em parte devido à atuação dos juristas, a legislação do período que vai de 1889 a 1930 era mais liberal – embora a prática pudesse contrariar as previsões da lei – do que a legislação do Império (1824-1889) e da Era Vargas (1930-1945). Paradoxalmente, porém, a legislação processual da Primeira República serviu de laboratório para algumas soluções antiliberais aproveitadas no Código de Processo Penal de 1941.
Características
- Ano: 2023
- Autor: Régis João Nodari
- Selo: Dialética
- ISBN: 9786525283852
- Páginas: 432
- Capa: Flexível