O título desta obra sugere que ela dará uma resposta a uma questão que sempre intrigou os pensadores: por que o Homo sapiens comum, após séculos de sua história evolutiva, mesmo com as admiráveis conquistas no conhecimento da natureza e da realidade que o cerca, ainda hoje se apega a estranhas crenças que desafiam tais conquistas?

Normalmente céticos e ateus (mas não os crentes) tendem a situar tal fenômeno, onipresente na humanidade, nas classes mais baixas da sociedade, como reflexo da suposta ignorância que lhes é pertinente, pela falta de uma educação de qualidade. Isso, porém, é uma crença inconsciente falsa (tipo de crença abordado na obra). Ao visitar um médico conceituado em sua cidade, o autor, para sua surpresa, encontrou no meio da sala de consulta um ambão de madeira simples exibindo uma Bíblia aberta. Por isso, um estudo que queira encontrar as motivações para as crenças religiosas não deve ser focado na antropologia, em culturas ou classes sociais específicas, mas, como o fará esta obra, nas idiossincrasias peculiares da mente do próprio ser humano como ser psicológico.

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