O presente trabalho discute a respeito da vida, dignidade humana e vulnerabilidade de uma população infantil específica e crescente: crianças diagnosticadas com doenças crônicas e em uso de tecnologias médicas.

A priori buscou-se basear o estudo utilizando-se do principialismo bioético, para analisar os conflitos e dilemas que envolvem esse contexto; e pontos importantes foram levantados. O que chamou atenção foi a forte relação entre o excesso de beneficência e a ocorrência da obstinação terapêutica, mesmo que de forma não intencional, sugerindo como prevenção a implementação dos cuidados paliativos, que ainda são vinculados ao conceito de eutanásia. Também, o papel importante dos determinantes sociais e redes de apoio no acompanhamento dessas crianças.

Nesse sentido, ficou clara a necessidade de ampliar a perspectiva dentro da Bioética Social, devido às limitações da visão principialista. E o que os leitores encontrarão nesta obra pretende mostrar a importância de reavaliar conceitos, ampliar nossa visão diante de conflitos éticos, reconhecendo o cenário sociocultural e histórico como determinantes para a garantia da dignidade dessas crianças e suas famílias; sobretudo, proteger vulneráveis prevenindo-os da situação de vulnerado.

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