“A Suja Poesia da Desesperança” é um esforço em trazer à tona um lado mais conturbado e animalesco da condição humana, ligado aos prazeres, vícios corpóreos e uma certa depravação. A caricatura de uma hipotética eterna vitória do dionisíaco sobre o apolíneo. É o exorcismo cotidiano que a covardia nos impede de operar. A ideia de que o homem, apesar de racional, estaria sempre na iminência de escorregar e cair em sua condição mais bestial, no lodo de suas imundas paixões. É o bêbado na corda bamba que se recusa a cair.

Gustavo Bemvenuto

“Sua poesia busca espelhar essa mácula aos nossos desejos e existências singulares [...], a desesperança é a constatação de que esse sujo já nos envolveu, mas ao invés de passividade, essa constatação é a força necessária para a resistência ao que nos é colocado”.

Maria Emanuela Esteves dos Santos

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