O estigma e a discriminação em relação à hanseníase são problemas que afetam a vida das pessoas acometidas pela doença e de seus familiares. O estigma pode ocorrer em diversos ambientes, como na família, na escola, no trabalho e até mesmo nos serviços de saúde.
Na hanseníase, esse labéu se desenvolveu ao longo de muitos anos de superstições e enganos, estabelecendo discriminação e exclusão social desde o seu aparecimento, em virtude de mitos sobre sua transmissão e cura.

Destarte, por meio deste romance de ficção, “João Nascimento da Silva”, um cidadão comum, vê toda sua vida se transformar em face de ter contraído a hanseníase que, dentre as inúmeras denominações que recebe, ostenta também o nome de “Morféia”.

Nessa esteira, “Morféia” se apresenta como um romance ficcional, mas que carreia uma importante reflexão sobre a questão da incidência da hanseníase no Brasil e seus reflexos sociais. A desigualdade social ainda faz com que a hanseníase seja uma doença relevante. Todo problema que temos de saúde pública, de saneamento e pessoas vivendo em locais muito aglomerados, leva ao aumento de uma doença transmissível que, por sua vez, ainda é um problema que existe no país.

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