CACETE!

Pois é... Esse foi o termo mais adequado para começar minha explanação. De um modo torto, sobrevivi ao primeiro dia de estágio... Quer dizer, mais ou menos... Enfim... Entrei, fiquei e me estabeleci naquele escritório de advocacia, que era o mais disputado do país, e na vida daquela mulher, com a mesma intensidade que ela tomou conta de tudo em mim... A amei em cada olhar depositado sobre ela. A desejei fervorosamente em todos os instantes ao seu lado. Sofri em cada agressão que acabei por presenciar. Morri junto dela, quando isso pareceu acontecer. Considero essa fase da minha vida como a temporada em que passei no purgatório. Foram os amigos que Álice me apresentou e me deixou que me salvaram... Por mais de uma vez. Ressurgi das cinzas, como a fênix, ao reencontrá-la em meio às inúmeras inseguranças que os acontecimentos inexplicados traziam-me e, depois de tudo e de tanto, hoje tenho como missão de vida ser um pai babão que canta "Can't Help Falling In Love" para ninar seus filhos todas as noites, além, é claro, do marido mais apaixonado, embasbacado, encantado, alucinado, enfeitiçado e tanto outros "ados" que a língua possa transcrever, por ela... Álice Mackenzie, para os corredores dos tribunais; Álice Hortega, para os poucos amigos e a família Foster; "Deusa da Justiça", carrasca dos estagiários, megera da magistratura para os que a viam superficialmente; Simplesmente ela: Álice Grifin.

Te amo para sempre.

Atenciosamente: Scott Grifin

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