A coletânea poética "Olhos no Espelho" remete à necessidade de reeducar o olhar, mediante o espelho interior, que diz muito mais da subjetividade do que das coisas externas. É preciso enfrentar a imagem, muitas vezes, abafada com um olhar provocador, para que o poema se apresente e revele a beleza do espírito e a estima da alma. Recortando o imaginário e dialogando com o próprio eu, desvenda-se, assim, a harmonia da arte da escrita. Ver não é olhar, é compreender, é deixar fluir a experiência estética, na qual o poema ancora, na qual ele se aninha. Sem a vivência acolhedora do espelho, jamais haverá a expressão à grandeza do mundo interno (eu lírico). Desejo ardentemente que "Olhos no Espelho" alcance o coração dos leitores e desperte seus olhares para o valor da sensibilidade, que perpassa os instantes vividos.

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