“Poeira Cósmica, de Leni Nobre, é o resíduo eterno que atravessa corpos, territórios e memória. O resquício de uma reminiscência ancestral que insiste em existir nas marcas e feridas de uma história que não cicatrizou.” – Assim Lisa Alves sintetiza este livro, de poemas curtos em jogos de palavras surpreendentes. Parece mesmo um rastro de cometa, com sua efemeridade, como o brilho que o acompanha e depois se apaga. Rastros de memórias, de vivências, os poemas de Leni Nobre são processamentos da vida que ela materializa nas palavras, para não perdê-los de vista. Como diz Marise Pontes Marques, “as palavras dela traduzem exatamente e sobretudo sensivelmente o seu fazer diário que é constante e renovado sempre”. A leitura antecipada das amigas dão conta, por Dilse Rosa, de que “o manejo das palavras se desnuda e deixa ver não vendo sua alma sua palma sua poetura delicada e precisa. O leitor tem a grata surpresa de ler nas estrofes as suas próprias partículas de poeira cósmica”. Processo de amadurecimento nas desigualdades raciais e de gênero, “Leni escreve sobre muitas ‘Luizas Mahins, acumulações de Dandaras, Joanas Darcs e Hipácias’. Entre silêncios e Histórias”, na percepção de Melina Costa. Adentre nestas poeiras e sinta-se.

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