"Amado olha para o mundo e para si desde uma perspectiva atemporal onde sua condição humana é motivo de perplexidade e estranhamento. Ele habita um menino ainda se tornando gente. Ao mesmo tempo sentimos que esse ser, em lapidação, é um velho sábio, dotado de recursos ancestrais. E à inocência e à sabedoria de ambos, se soma o homem que encarna outra complexa contradição: a de um corpo dotado de paixão concreta, mas também impalpável, que tende, através da intensidade dos sentidos, à dissolução e ao incorpóreo. (...). Detalhes pueris do cotidiano que passam despercebidos, sob o olhar de Amado, adquirem uma aura, como "Um na barba; outro sentado" ou "incomodado por não conseguir esquivar da sombra". Há nele algo de Santo. Não é difícil imaginá-lo em um claustro buscando no silêncio a linguagem dos anjos e tratando de divino o que há de mais profano. Há tanto vigor no seu universo que temos a impressão de estarmos diante de um estado volátil, preso a si mesmo e ao seu corpo por um fio metafísico, amoroso. (...). Seus versos são imagens que fluem em constante desdobramento, até nos colocarem diante de um prisma de possibilidades. O autor aponta o que observa, mas o faz oferecendo a cada um a chance de um entendimento particular. (...). Amado possui toda as palavras. Clássica e original transborda tanta inspiração que a dosa em gotas. No meio da página, de passagem como se nada, ele corta a seco o que poderia ser possível, com aquela imagem. Aquele soco. (...). Então, viajar nas linhas do livro "Toalha de Flores" é deliciar-se com a poesia e aquilo que ela desperta de mais intrínseco, ainda mais nos suntuosos versos deste poeta estreante que, de tanta sensibilidade, lucidez e conhecimento, até parece caminhar por essas curvas há incontáveis tempos".
"Amado olha para o mundo e para si desde uma perspectiva atemporal onde sua condição humana é motivo de perplexidade e estranhamento. Ele habita um menino ainda se tornando gente. Ao mesmo tempo sentimos que esse ser, em lapidação, é um velho sábio, dotado de recursos ancestrais. E à inocência e à sabedoria de ambos, se soma o homem que encarna outra complexa contradição: a de um corpo dotado de paixão concreta, mas também impalpável, que tende, através da intensidade dos sentidos, à dissolução e ao incorpóreo. (...). Detalhes pueris do cotidiano que passam despercebidos, sob o olhar de Amado, adquirem uma aura, como "Um na barba; outro sentado" ou "incomodado por não conseguir esquivar da sombra". Há nele algo de Santo. Não é difícil imaginá-lo em um claustro buscando no silêncio a linguagem dos anjos e tratando de divino o que há de mais profano. Há tanto vigor no seu universo que temos a impressão de estarmos diante de um estado volátil, preso a si mesmo e ao seu corpo por um fio metafísico, amoroso. (...). Seus versos são imagens que fluem em constante desdobramento, até nos colocarem diante de um prisma de possibilidades. O autor aponta o que observa, mas o faz oferecendo a cada um a chance de um entendimento particular. (...). Amado possui toda as palavras. Clássica e original transborda tanta inspiração que a dosa em gotas. No meio da página, de passagem como se nada, ele corta a seco o que poderia ser possível, com aquela imagem. Aquele soco. (...). Então, viajar nas linhas do livro "Toalha de Flores" é deliciar-se com a poesia e aquilo que ela desperta de mais intrínseco, ainda mais nos suntuosos versos deste poeta estreante que, de tanta sensibilidade, lucidez e conhecimento, até parece caminhar por essas curvas há incontáveis tempos".