Com este livro, o jovem pesquisador suscita uma questão que abalaria uma avaliação positiva de qualquer profissional. Com as palavras, “Sendo profissional da psicologia sem preparação formal relevante? Mais um feito do racismo brasileiro”, ele viabiliza reflexões críticas sobre a preparação e consequente atuação de psicólogas/os, e outros profissionais também. O racismo, doença social, praticado no Brasil consegue lutar contra a razão de ser de um campo profissional (da psicologia) com ajuda dos próprios mestres psicólogos que preparam futuros profissionais da área. Conseguem isso pela falta de contextualização social-histórica dos programas nos quais esses profissionais estão sendo preparados. Então, essas pessoas preparadas assim vão atuar profissionalmente em qual contexto social?

Como mostra a pesquisa que fundamenta esta publicação, o que parece comum no Brasil, também, é que na preparação universitária desse profissional da saúde mental há a ausência de temas e atividades didático-pedagógicas com perspectivas psicológicas em torno da temática racial.

Vale ressaltar que, constantemente, o livro em suas mãos, A temática racial em cursos de formação de psicólogos no Brasil: o caso do Piauí, extrapola o seu campo de interesse acadêmico para estimular pensamentos críticos sobre o racismo como sistema tão eficiente em desumanizar as suas vítimas e facilmente ‘despessoalizar’ o ser racista, desvelando a sua natureza animalesca.

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