O texto em suas mãos trata sobre a dialogicidade proposta por Freire e nos convida a uma atuação na direção de uma prática que não impõe, não sobrepõe, não objetiva dominar a razão e se sobrepor, não deseja a alienação, a arrogância, a falta de ética. Pelo contrário, ela nos descortina um olhar sobre nós e como estamos sendo no mundo e com o mundo. Coloca-nos no movimento dialógico para a construção de uma consciência que acaba por se materializar na palavra, na ação-reflexão.

Acredito que deveríamos falar mais sobre isso. Na formação docente, nos cursos de graduação em pedagogia, nas licenciaturas, na formação continuada, nos espaços de planejamento educativo, nas rodas de conversa, nas salas de aula e em tantos outros espaços onde se faça presente o ato educativo. Em nossa casa, no cerne da família, temos a oportunidade de sermos seres dialógicos.

É na perspectiva freiriana que me sinto um ser humano inacabado, como ser humano que sou, em hipótese alguma, possuidora da verdade absoluta. Por isso, acredito ser também na inconclusão de que nos tornamos conscientes e que nos inserta no movimento permanente de procura que se alicerça a esperança. Esse é um saber fundante da nossa prática educativa, da formação docente, da nossa inconclusão assumida (Paulo Freire).

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